Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva a menor provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes, me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado. Certo dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva. Ele me entregou uma folha de papel lisa e me disse: Amasse-a! Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha. Agora, voltou a dizer-me, deixe-a como estava antes. É óbvio que não pude deixá-la como era antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas. Então, o professor continuou: O coração das pessoas é como esse papel... A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados. Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais. Alguém disse, certa vez: "Fale somente quando tuas palavras forem tão suaves como o silêncio".
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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